
Parece estranho uma marca tão recente aparecer remexendo em seu baú de memórias. Parece, e é mesmo. Para se justificar, Daniela classifica a coleção como, ao mesmo tempo, "rock cigano" e "sofisticada". Daí, mistura vestidões exageradamente pesados e sem forma a pantalonas prateadas, influências românticas e roqueiras, looks de jacquard e tachas metalizadas.
O interesse maior surge nas entradas que revivem as camisetas vintage que impulsionaram o começo da carreira da estilista. Customizadas, aparecem com elementos a mais sobre as estampas (Kurt Cobain e Madonna dão as caras) ou se tornam saias e apliques.
Mas a calça não é a do momento, o balonê que aparece já cansou todo mundo, nada na coleção soa como verdadeiramente fresco. Claro que não se exige que um estilista siga as tendências como uma vaca cega. Mas, para alguém que desfila sob o guarda-chuva protetor do "jovem estilista", o que se espera são propostas interessantes - ou, no mínimo, contemporâneas. Coisa que Daniela já mostrou antes que sabe fazer. Deixemos a retrospectiva para o futuro, como é de praxe.
Texto:Eduardo Viveiros
Fonte:CHIC
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