Carlos Miele calcou seu verão nos anos 1970, com Brigitte Bardot na trilha sonora (com Tu Veux Ou Tu Veux Pas, versão chanson para música do brasileiro Wilson Simonal) e a imagem da atriz em Búzios, o resort carioca jetsetter da época - que a loira frequentou tanto ao ponto de ganhar uma estátua em sua homenagem.
Para os rapazes, um bom básico. Miele tenta convencê-los a usar degrades e cores fortes (tão verão, mas ainda tabu para os brasileiros), dá bermudas jeans justas às pernas, calças e blazer em linho e um bom pelerine de pontas irregulares. Apesar de tímidos, reduzidos a entradas em bloco, foi uma performance muito melhor que a do inverno passado.
A moda masculina carioca tem uma cara bem específica, que mescla as peças clássicas ao lifestyle da cidade, do garoto de praia e ligado em música. Nesse cenário, onde a Reserva é a expoente mais conhecida, a Addict é uma boa adição ao calendário de desfiles.
Estreante no Fashion Business, a marca do grupo Sacada apresentou um verão bem simpático e colorido, calcado em surfe e ícones do rock dos anos 1970 (a década/referência padrão do evento).
Eles já ganham ponto extra por sugerir aos rapazes uma cartela de cores que foge daquele mínimo que eles aceitam naturalmente, nos tons cítricos, dip dye e nas camisetas em rosa e fluo, usadas com calças leves e bermudas cargo estampadas com os rostos das tais inspirações – tipo Janis Joplin e Jimi Hendrix.
As próprias t-shirts e regatas têm modelagem fora do padrão nacional – mais longas no comprimento, nas mangas e com ombros caídos. Combinam bem também com a série de alfaiataria esportiva – e nada careta – das peças em linho (cru ou manchado), em boas calças, bermudas e blazers de verão, e nos tricôs fininhos, fechados em zíper ou de bolso canguru.
Fotos: FFW
Crítica: Chic
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