“O último dia de desfiles em Milão reservou as apresentações de dois grandes nomes da indústria, mas foi morno. Dsquared2 e Giorgio Armani apostaram em fórmulas seguras, simpáticas a seus públicos, sem muita margem de erro. Os gêmeos Dean e Dan Caten não economizaram no efeito pirotécnico para conquistar seus fieis seguidores. De apelo escancaradamente gay, o desfile da Dsquared2 foi dividido em quatro partes, com mudança de cenário – giratório – e propostas para os diferentes momentos das férias de verão na região do Mediterrâneo. Primeiro veio o jeanswear, de alma navy, com divertidas misturas de esporte, militarismo e preppy, onde o destaque ficou com as parkas e jaquetas coloridas. Gira a boca de cena e passa-se para o ambiente de praia, num bloco dominado por sungas, bermudas e músculos besuntados. Tudo ao som de dance music bate-cabelo. Terceiro cenário: fim de tarde na cidade, hora de passear de motorino, paquerar as gatinhas – ou gatões – e focar em alfaiataria combinada com jeans. Cores fluo, abotoamento duplo e tons de cáqui. Elegante, até. O último giro dos mocinhos balança ao som de Lady Gaga num clube S&M, com direito a dançarinos fetichistas dando piruetas na passarela. Bom o Black-tie subvertido, em tons de vermelho e preto. Gritos e sorrisos. Partida ganha.
Armani remix
O local, a edição e a cartela de cores eram os mesmos. Para que mexer em time que está ganhando, não é? Giorgio Armani repetiu a fórmula da apresentação da Emporio Armani para sua linha deluxe, adaptou tecidos mais nobres e arrancou, mais uma vez, aplausos espontâneos no meio do desfile. Tons de cinza, azuis e preto. Calças de pregas, curtas e de gancho baixo. Espadrilles e bucks de solado contrastante nos pés, materiais e formas confortáveis et voilà!
Amanhã eu subo os desfiles da D&G e Dolce & Gabbana e encerro os posts sobre Milan Fashion Week:
Fotos: FFW
Crítica: Sylvain Justum
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