Direção criativa: Rony Meisler
Styling: Felipe Veloso
Beleza: Celso Kamura
Trilha: Felipe Venancio
Tema: Cuba Libre?
Materiais: Linho, tricoline encerado, tricô de rayon, jacquard de voil, sarja, jeans
Cores: Azul royal, marinho, off White, verde bandeira, verde musgo, cáqui, vermelho e turquesa, e muitas estampas, como a em tons de verde que remete ao camuflado, muitas listras e xadrezes
Formas: As formas militares perdem a rigidez nas formas e nos materiais. As calças são amplas e mais curtas; nas camisas as golas são mais curtas e há muitos bolsos, tanto na parte de trás dos paletós quanto nas calças.
Highlights: A performance montada pela Reserva, em que atores com roupa militar e nariz de palhaço, enrolam charutos sistematicamente, quase passa dos limites de “sátira ao conceito da ditadura” para a tiração de sarro, mas foi uma maneira de mostrar, junto à coleção, o que Cuba tem de melhor e de pior.
Muitos básicos para o verão masculino, com paletós estampados e coloridos, diversas opções de bermudas e ótimas calças, essas o destaque da coleção, com modelagens amplas e barras mais curtas, que até as mulheres vão querer usar.
“A peça mais clássica do guarda-roupa masculino é o sorriso. O homem tem que ter bom humor para saber lidar com as situações da vida. Em Cuba vi muito isso, apesar de toda dificuldade eles eram felizes, e nós aqui reclamamos de tudo por qualquer coisa.”
Rony Meisler - Estilista da Reserva
Detalhes + Acessórios
Detalhes + Acessórios
Bastidores:
Resolvi adicionar ao post, a crítica do mestre Sylvain Justum da nossa GQ Brasil:
“Alô, Cubano! Poderia ser alô, carioca também, ou paulista, mineiro… A coleção de verão 2012 da Reserva é leve, elegante e, acima de tudo, usável em qualquer canto do País. Apesar de Rony Meisler, cabeça da grife, declarar que é a mais conceitual que já fizeram, o que se viu é honestamente comercial, com esperta mistura de alfaiataria e utilitarismo, e destaque para as peças de essência militar. Logo de cara, um combo que deveria ser mais adotado em terras brasileiras: blazer e bermuda, clarinhos, em tons de cru e off-white, tingidos com a estampa do Peso cubano, moeda que vale mais que o Dólar, veja você. Print bom também é o da bandeira local desconstruída, que dá vida a macacões, shorts e camisas, lembrando as cores de um pavão, com pena e tudo. Nesta família, há espaço para um tímido color blocking, acertado no look de t-shirt vermelha e longo cardigã azul, ambos de tricô vazado. A camisaria, por sinal, é uma grata surpresa, bem cortada e divertida, sem perder a aura clássica, como no bom look de trench cropped – cortado como mini-jaqueta – e calça capri. É aí que começam os poucos senãos da coleção. Apostando insistentemente no shape saruel, a Reserva requenta uma ideia já de difícil digestão para a maioria dos homens, apesar de ter seu charme e indiscutível fator conforto. O comprimento pesca-siri é igualmente ingrato e deve afastar mais do que aproximar. Deslize atenuado pelo ótimo bloco de cáquis e verdes-oliva, combinados com o camuflado de Big Mac – sim, são os ingredientes do No. 1 ali estampados, em alusão à imagem que têm os americanos na ilha de Fidel. Bons os tricôs de ponto grosso também, justos e alinhados, assim como o tie-dye de verdes esmaecidos. No geral, vale acender o charuto para celebrar o verão.”
Fotos + Review: FFW
Crítica Sylvan Justum: GQ Brasil
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