Como foi o inverno 08 - o tartã foi o astro desta coleção, que tinha mote britânico. Em vestidos curtos, fazendo uma saia volumosa acompanhada de corpete, ou em terninhos, o xadrez veio nas versões vermelho ou chumbo. Na turma dos lisos, os vestidos de festa eram curtos, com saia lápis, ou longos, amplos e fluidos.
Como foi o verão 08/09 - uma variedade de tecidos preciosos - tafetás, rendas, musselines, brocados e tules, além de delicados bordados de minipérolas - foram usados para fazer vestidos de festa com jeito de século XVIII, mas ainda assim, atuais. O marfim deu o tom da coleção, quebrado por uma divertida estampa de onça.
O inverno 09 - Não é à toa que Cirnansck é um fazedor de noivas de mão cheia. Seus desfiles parecem pensados na medida para quem sonha em se casar com toda a pompa e circunstância: não faltam renda, bordados, plumas e paetês na passarela do estilista.
Mas ele falou mesmo foi da queda do Império Russo.
Apresentou uniformes, vestidos de princesa, casacos ultravolumosos - tudo tipo luxo & poder. É tudo tão literal que perde parte da graça, pois a graça de Cirnansck sempre foi, exatamente, a leitura romântico-punk do modo de vestir-se - para a festa, principalmente.
Porém, há muitos e mais reais vestidos de noite. Tubos que lembram os anos 1920, com bordados ricos, renda e saia de tecido sem acabamento, que é receita de movimento na pista de dança, além de ser uma assinatura de Samuel.
Os pretos curtos de renda e os vermelhos de cetim, com muito pano na saia curta, são mais bons exemplos. Os outros longos, encorpados, exagerados, mais parecem figurino e ajudam a contar a história, mas deixam a festa de Cirnansck com cara de superdatada. As cores são o marfim, o vermelho, o verde, o preto.
A entrada do final do estilista, acompanhando a noiva da temporada, é um acontecimento divertido que já se tornou tradição - e desta vez não foi diferente (a não ser pelo fato de que ela estava mais para viúva, solene, representando a queda do Império Russo).
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