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quinta-feira, 25 de abril de 2013

DFB 2013: Mario Queiroz


0 Abre Mario
Em uma bela analogia ao jangadeiro abolicionista Dragão do Mar, Mario Queiroz usou a passarela do Dragão Fashion Brasil para lançar sua mais nova jangada ao oceano: um irresistível e bem-vindo beachwear, desde já, tópico obrigatório na wish list do próximo verão.
A escolha do local do lançamento, segundo Mario, não foi à toa. O estilista revelou que o evento e a cidade de Fortaleza têm para ele um lugar especial na história profissional de sua marca, que já leva 18 anos em conta.
Pela primeira vez, Mario, um dos principais nomes do menswear brasileiro, lançou uma coleção exclusiva no Dragão (o estilista integra o line up do São Paulo Fashion Week, mas pulou as duas últimas edições).
No Ceará, estado que tem em Mario um querido cidadão honorário, o estilista revisitou o universo náutico com a mão lúdica que já lhe é habitual. Em seu transatlântico-nau-fragata, Mario embarca tanto os magnatas proprietários de über-iates, quanto a tripulação dos grandes cruzeiros. Da alafaiataria impecável (com foco nos ombros estruturados para eles e para elas), Mario aporta em terra firme e democratiza a praia que descobre: estão lá biquinis e sungas de modelagem bem brasileira e uma boa cava asa delta.No contraponto, Mario propõe piratas modernos, sinônimos de sua liberdade por vezes marginal e cheia de contestação.E mais uma vez, Mario nos mostra que moda pode, sim, ser uma atitude política (o estilsta surgiu para os aplausos finais com a t-shirt do amigo Lindebergue Fernandes, onde se lia “Sua ignorância não me representa”). Se sua incursão pela moda feminina é recente, vimos que ela não foi, necessariamente, apenas uma evolução seu célebre menswear, mas antes uma transferência horizontal de valores.
As criações masculinas e femininas de Mario Queiroz conversam entre si. Sua alfaiataria se faz presente com precisão nas criações também para elas; e eles, de certa forma, nunca deixaram de usar saias. Para Mario, as fronteiras estão diluidas e, nesse vasto oceano, masculino pode ser feminino. E vice-versa.

Texto: Maarji Castilho Fotos: DFB House
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